top of page
  • Foto do escritorEscape

Das coisas sobre o amor

Atualizado: 15 de jun. de 2020

Mesmo que 12 de junho seja uma data que muitos afirmam ser a mais romântica do ano – Dia dos Namorados, somos da opinião de que é apenas mais uma balela comercial. Mas vamos aproveitar esta data, já que ela existe, para arrumar um motivo a mais para incrementar nosso repertório musical. Convidamos algumas personalidades, além de nós mesmos, para listar as suas canções de amor preferidas. O desafio foi selecionar apenas três títulos.

Aproveite para ouvir com seu par. Aproveite sozinho. Aproveite de qualquer jeito, desde que deixe entrar em seu coração as melodias e saiba que, por trás de cada letra destas canções, existe uma história em nome do amor.

 

Cláudia Kunst – jornalista, produtora cultural e editora da revista Escape – Dois Irmãos/RS

Neil Young – um grande ídolo e que, traz como canção, o nome do próprio álbum grava do em 1992. Nesta canção, Neil Young consegue trazer os melhores sentimentos relacionados ao amor, numa melodia country e singela, numa perfeita composição lírica.

Leonard Cohen – Uma melodia com toques folclóricos. Mesmo sem entender a letra, é possível imaginar seu amado pedindo que vá até a janela para que declare seu amor. Leonard Cohen tem uma porção de canções de amor.


“We met when we were almost young

Deep in the green lilac park

You held on to me like I was a crucifix

As we went kneeling through the dark

Oh, so long, Marianne”

The Byrds – A beleza simples de uma melodia linda com uma letra simples e pura.


“Daytime just makes me feel lonely

At night I can only dream about you

Girl, you're on my mind

Nearly all of the time

It's so hard being here without you”


Gilberto Salvagni – Maestro da Salvagni Big Band e parceiro de Nei Lisboa – Porto Alegre/RS

Nei Lisboa - Fala das trocas, dos significados, do que importa e do que apenas aparenta importante. A letra é expressivamente potencializada pela leveza da melodia e harmonia suspensiva. Suspensiva aqui em duplo sentido; literal (acordes suspensos) e figurado; leve, suspenso no ar.


Enio Morricone - Melodia singela e de uma estética que remete ao interno, íntimo, cúmplice e afetivo.


Beatles - A letra não me chama atenção, mas a melodia é entre as mais belas da canção popular.


Flávia Vidor – comunicadora da rádio UCS FM de Caxias do Sul/RS

Versão de Don Williams para a canção "I'll Be Here In The Morning" de Townes Van Zandt - A música está no álbum Reflections (2014) e é a minha preferida das três. Esse poema é um sussurro de um amor que está livre. Um amor que tem a sua liberdade vivendo na estrada, ou em qualquer outro lugar e que segue com o vento, porém que "ouve" e "sente" a presença de quem ama. É uma canção suave, com uma promessa que não necessariamente será cumprida.


"Close your eyes

I'll be here in the morning

Close your eyes

I'll be here for a while".


E fica a pergunta: que lugar você escolhe ir quando está livre?


Bob Dylan (Blood on the Tracks), versão de Danny Schmidt (Man of Many Moons) - Mais uma que eu escolho não a versão original, mas com outro artista. Essa canção fala nas entrelinhas, e obviamente que se a gente se aprofundar e mergulhar no disco do Dylan a percepção deve ser com certeza outra. O que fica aqui pra mim é o imperfeito, o exagero, afinal quem não erra "Tudo que você pode fazer é fazer o que pode". Ela tem uma certa dose de dois lados, o amor, o desespero, os altos e baixos. Mas eu gosto de ouvir ela sem o desgosto que ela parece gritar.


Tony Joe White - Essa música é basicamente "você não tem controle de nada”, muito menos quando se apaixona. Se você tentar controla, irá se perder ainda mais, então, o melhor a fazer é sentir!


"Burning out of control

Right back in the fire"


Theo G. Alves – escritor, fotógrafo e colunista da Escape – Santa Cruz/RN

Leonard Cohen - é uma canção em que o amor se revela profundamente humano e capaz de entrega, visto a partir dos pássaros pousados nos fios de energia elétrica que começavam a ser instalados na idílica ilha de Hidra, cenário do amor para toda a vida entre Leonard e Marianne Ihlen.


Frank Sinatra - especialmente cantada por Frank Sinatra. Embora se fale de outras possíveis leituras para essa música, a força avassaladora da paixão descrita por Cole Porter é das coisas mais bonitas sobre o amor.


Cantada por Maria Bethânia. Uma canção que mostra como o amor é capaz de ressignificar as coisas e a nova perspectiva de quem descobre o amor. Uma música para ouvir de mãos dadas ou dentro de um abraço.


Márcio Grings  é escritor e músico na banda Harvest Moon – Santa Maria/RS

Billie Holiday — Sempre quando penso em uma canção clássica de amor, é Billie Holiday que se materializa na minha frente. “The Very Thought of You”, tema de Ray Noble ganhou sua primeira gravação em 1934. Conheci a música em 1994, enquanto assistia o filme “Forever Young” — lá estava ela, pano de fundo numa cena entre Mel Gibson (Daniel) e Isabel Glasser (Helen). Billie Holiday na essência, entregando sua alma e roubando uma balada para si.


Miles Davis — O tema é de autoria da dupla de compositores Rodgers and Hart, feito para o musical “Higher and Higher”, em 1940. A primeira gravação teve a voz de Shirley Ross. De todo o modo, ninguém a capturou com tamanha magnitude como Miles Davis. Afirmo — a versão de Miles para “It Never Entered My Mind” é uma das mais belas visões românticas da música no século XX.


Crosby, Stills, Nash & Young — A letra revela a rotina de um casal. Enquanto um deles acende a lareira, o outro coloca flores no vaso. Os dois disputam com piano para revelar canções, um ao outro. O repouso numa tarde de sol, gatos passeando no jardim e a harmonia dialogando com a cena. A canção de Graham Nash, que revela a intimidade de seu relacionamento com Joni Mitchell, é uma daquelas canções de amor de tirar o fôlego.


Juliane Sperotto – especialista em Literatura Brasileira, graduada em Literatura e Língua Portuguesa, editora da revista Escape – Sapucaia/RS

Vanessa da Mata com Emicida - adoro essa música. E o refrão diz muito pra mim: "Somos passarinhos, soltos, a voar dispostos. Achar um ninho, nem que seja no peito um do outro". Poesia pura! Mesmo estando só, temos de estar dispostos e voar a procurar do amor, um no peito do outro. Para quem está em busca de amor, essa é a dica.


Tom Jobim e Vinícius de Moraes (poesia e música) - poesia que virou música, pelo músico Tom Jobim junto com o poeta Vinicius de Moraes. O amor clássico, amor incondicional e atemporal. Para quem busca reiterar hoje e sempre o amor.


Dingo Bells - Gaúchos! gosto muito da Dingo Bells. Modernos, gaúchos e pop. Nessa vida estamos de passagem e passear entre nossos sentimentos e relacionamentos nos fortalecem. Reconhecer o amor como um passeio cheio de luz e aprendizado.


Renato dos Santos – músico na Orquestra de Sopros de Novo Hamburgo

Chico Buarque - Adoro essa música porque, além da questão musical, que é linda, o poeta e grande escritor nos relata uma relação amorosa arrebatadora onde os amantes se fundem, muito além das questões físicas e materiais. Relata um amor subversivo e livre, que está se lixando pras convenções sociais.


Tom Jobim - Nessa canção Tom nos brinda com um soneto de amor no qual a amada é colocada num pedestal quase inatingível. Soa como um lamento por não conseguir estar à altura de tamanho amor.

"Eu sou apenas um pobre amador, apaixonado.

Um aprendiz do seu amor..."


Chico Buarque - Uma promessa de amor do tipo "que seja eterno enquanto dure..."

"Prometo te querer até o amor cair doente. Prefiro então partir a tempo de poder a gente se desvencilhar da gente..."

Lindo demais, o amor não combina posse.

 

REVISTA ESCAPE_ 
Matéria escrita por: Cláudia Kunst  | Jornalista Responsável: Cláudia Kunst | Revisão Ortográfica: Juliane Sperotto | Editoração, Layout e Web Design: Daniel Cunha 

Para maiores informações mande o seu e-mail para revistadigitalescape@gmail.com

74 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page