Daniel Cunha
16 de jul de 20201 min
Atualizado: 17 de jul de 2020
OPINIÃO
Eu confesso: há livros dos quais não passei das primeiras páginas, por me parecerem demasiado densos, ocultos, eruditos ou apenas vazios de ideias. Mas a verdade é que não os consigo ler. Mesmo após várias tentativas.
Sejamos honestos, muitas pessoas andam escrevendo para si próprios ou para uma plateia restrita e minoritária. Como curiosidade, dou dois exemplos: James Joyce confessou que levou um quarto do tempo da sua vida para escrever “Finnegans Wake” e acrescentou que os leitores levariam uma vida inteira para ler esta obra (há inclusive quem diga que nem Matusalém, figura bíblica que teria vivido 969 anos, conseguiria cumprir o feito); também Robert Browning, poeta e dramaturgo inglês do século XIX, confessou que o seu livro “Sordello” apenas seria entendido por ele mesmo e por Deus. Vinte anos depois, admitiria que só mesmo por Deus.
Daniel Cunha é publicitário e designer gráfico. Um apaixonado por imagens e cores. E, nas horas vagas, atua como ilustrador e fotógrafo.
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