Daniel Cunha
17 de jun de 20201 min
A biblioteca pessoal pode ser tão pessoal como a roupa que vestimos, íntima, intransitiva, aparência do que desejamos ser, guardada só para nós como um erário precioso.
A biblioteca pessoal não se constrói de um dia para o outro, a não ser que se herde uma, mas aí passa a ser impessoal e é forçoso que a leiamos para fazer dela a nossa biblioteca. Leva anos para construir uma biblioteca, livros e mais livros, sempre poucos, escolhidos a dedo.
Uma biblioteca não é uma biblioteca pela quantidade de livros que contém, mas pelo caráter dos livros escritos por quem os outros deixaram o seu nome assinalado e para que, necessariamente, faça jus ao nome de biblioteca. Doutra forma é apenas um amontoado de papel, bibelôs coloridos que servem de adorno a uma prateleira qualquer. E quem não entender isto, para quem não tiver sensibilidade nem espírito, basta apenas um mau livro para possuir uma enorme biblioteca.
Daniel Cunha é publicitário e designer gráfico. Um apaixonado por imagens e cores. E, nas horas vagas, atua como ilustrador e fotógrafo.
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